Com o lançamento do videoclipe da canção que dá nome ao grupo, Me Chama de Zé, os músicos após vários fãs questionarem com o intuito de saber qual o conceito escrito para a canção, falaram abertamente sobre como foi escrita essa faixa.
Em sua temática o ponto central é falar sobre como o ser-humano em muitas das vezes, exerce a lei do mais forte e oprime os mais indefesos. Em um caso presenciado pelo baixista, Ronaldo Augusto, que certa vez presenciou uma briga de transito em São Paulo, guardou em si o sentimento de injustiça e impotência, ao presenciar agressões desfeitas de um ser em outro, por julgar ser o certo no acidente ocorrido.
Segundo o baixista Ronaldo: “A música Me Chama de Zé foi criada após uma situação ocorrida em um semáforo da Avenida Brasil em São Paulo, onde o contexto se resumiu na lei do mais forte, em uma situação de conflito no transito, foi possível identificar o quanto temos opressão, falta de compaixão, entendimento, compreensão e amor ao próximo quando se acredita estar com a razão, ainda mais quando o oprimido é o dito Zé Ninguém. Vemos todos os dias, milhares de pessoas trabalhando, lutando da maneira que podem e em sua maioria com a bagagem que tem, procurando manter apenas a dignidade, e estas por muitas vezes são as que fazem o trabalho duro para que outras tenham um melhor conforto. Estes muitos Zés por vezes açoitados em seu dia a dia, não fazem parte da ótica estabelecida pelos padrões de hoje e passam despercebidos perante política econômica governamental e sociedade de consumo dos mais favoráveis”.
“Assim, a letra Me Chama de Zé procura retratar tal situação e dar voz a todas as pessoas que não tem o seu nome exaltado, que em seu dia a dia tem que lidar com a dificuldade de se viver em sociedade, ainda mais quando ocorre segregação e julgamentos, não para revolta, mas sim como protesto, para que possam também ser reconhecidas em sua humildade e simplicidade, mas também para terem os seus direitos e valores preservados e reconhecidos, mantendo viva a chama da oportunidade e de uma vida melhor por saberem quem são, afinal não precisamos aguardar ter sangue, para se ter ação”.
Caso ainda não tenha assistido ao clipe oficial de Me Chama de Zé, deixamos o link abaixo para que você possa conferir:
Essa situação vivenciada pelo baixista Ronaldo, foi compartilhada com Flavio Di Loreto, amigo de longa data dos músicos da banda, que é o responsável por escrever a letra de Me Chama de Zé.
Me Chama de Zé:
Rodrigo Ferreira – Guitarra
Ronaldo Augusto – Baixo
Denis Almeida – Bateria
Rafael Siqueira (Cebola) – Vocal e Guitarra
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